sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Pró- Reitor visita Casarão ocupado pelos estudantes

O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Sérgio José Xavier, e a coordenadora de apoio social a pró-reitoria, Claudia Macedo, estiveram em Campos a pedido do diretor do Polo Universitário de Campos dos Goytacazes (PUCG/UFF), José Luiz Viana. O objetivo do encontro foi debater sobre as solicitações dos alunos da UFF Campos em relação ao Casarão, espaço ocupado pelos estudantes e que tem servido para várias atividades.
A casa, situada na rua José do Patrocínio, próximo a UFF, foi ocupada por alunos de várias universidades de Campos — UFF, Uenf e IFF. Ela estava abandonada e servia de esconderijo para pessoas, que aproveitavam a escuridão do local durante a noite para assaltar estudantes e pessoas que passavam por ali.

Agora, já dentro da casa, os alunos lutam pelo apoio da direção para conseguir a desapropriação da casa e vincular o Casarão ao patrimônio da UFF.
Posteriormente, os estudantes usariam o local como alojamento e casa de passagem, espaço cultural, bandejinha, vestibular social, e também uma espécie de cede dos centros acadêmicos das universidades campistas, visando fortalecer o movimento estudantil de Campos.

Tanto o pró-reitor de assuntos estudantis Sérgio Xavier quanto a coordenadora de apoio social, Claudia Macedo, se reuniram com o diretor da UFF Campos e com os alunos para ouvirem as reais necessidades.
Estando agora a par da situação, os representantes irão analisar as questões e em breve darão um parecer.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Bem, as férias chegaram e estamos caminhando para a fase de extrema resistência dos estudantes que abrirão mão de passar parte de seus dias de férias com suas famílias na missão de habitar a casa durante esse período. Mas temos que repensar algumas posturas. A primeira é de que o casarão seria do MENF. Como já foi explicitado, inúmeras vezes, nós não somos a casa! Não queremos lutar pela casa! Nossa luta é maior e ultrapassa os muros da ocupação. Então é importante deixar claro que o MENF iniciou algo inédito no Norte Fluminense, mas que as vitorias que temos tido são conseqüência do suor de muitos colaboradores que estão engajados na cultura e em projetos alternativos dentro da casa. Sendo assim, convidamos todos, estudante ou não, para apresentar projetos para o casarão nas férias. Participar dos nossos grupos de discussão. Se engajar na cena cultural que estamos criando com o intuito de fortalecer as manifestações artísticas na região!

Aos que pretendem passar as férias em outra cidade sem gastar muito, também é uma alternativa. Em fim, o importante é o fortalecimento ideológico e a presença de pessoas novas que possam ajudar na conquista diária da ocupação.



Nossa comunidade no Orkut:http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=109408037

Colaboradores do "Arte Marginal"




Nos dias 10 e 11 de dezembro aconteceu o evento de "Arte Marginal",no Casarão dos estudantes e no DCE da UENF, onde tinhamos por objetivo desmitificar o preconceito que gira em torno de certos segmentos da Arte. Com esse intuito convidamos a sociedade campista para que esta pudesse ver o valor destas artes, que são tão belas e expressivas.

Apesar de alguns contratempos o evento foi um sucesso. Esperamos que nossa mensagem, tanto do MENF quanto dos artistas tenha sido absorvida por todos que estiveram nos prestigiando, e que esta mensagem, que é de luta, resistência, justiça e solidariedade, sirva para todos refletirem.

Temos ainda o dever e o prazer de agradecer a todos que participaram da construção deste evento, pois somente unindo forças pudemos fazer este evento!

Ao Progressivo Art Crew e Atitude Urbana Crew pela demostração de beleza, técnica e atitude com a arte do grafite, as fotos estãao acima;

Ao Inner Side, a Evolução da Espécie e ao Horal 269 por ter levado agito e animação;

Ao DCE da UENF por ter nos cedido novamente o espaço e por todo apoio que eles vêm nos dado.

Ao Toninho e a Franthesca por terem nos salvado com o som mais uma vez;

Ao Minibolo e ao Sapão por terem posto a batera na pedra;

Ao Mothé por fazer sempre as correrias com o mothé móvel;

A DJ Nick Ferreira por ter feito um som maneiro no casarão;

Ao Romualdo da Rádio Capital que nos cedeu os aparelhos de som para rolar um som no casarão;

Ao Sepé pelo material audiovisual e pela comida japonesa;

Ao Kelvin e Water pela exibição de eus próprios vídeos de skate, que é uma demostração de habilidade tanto com a câmera tanto quanto com o skate;

Ao Diego (Inner Side) por ter feito o cartaz do evento e pela divulgação;

A todos do MENF e do Casarão que se prontificaram para a construção e realização de mais um evento!

Por fim e não menos importante, aliás, o mais importante, agradecemos a todos aqueles que vieram e nos prestigiaram, porque sem eles nada teria acontecido.

Para finalizar agradecemos novamente a todos e chamamos a atenção da população campista para os artistas locais que não devem em nada para quem é de fora.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Arte Marginal



Olá galera!! Só refazendo o convite do Arte marginal, que vai rolar no dia 10 lá no DCE da UENF, com várias bandas!! E no dia 11, vai ser no Casarão, em frente ao Alzira Vargas com diversas atividades! A programação completa encontra-se no flyer acima. Lembrando que a programação esta sujeita a alterações. Não deixem de comparecer, chamem colegas, vizinhos! Venham conhecer a luta dos estudantes ! Estamos preparando atrações para as férias escolares, para animar a vida nesta cidade!! Se alguém aí tiver alguma proposta de atração entrem em contato conosco! Estamos abertos a conversar com a galera! Venha para o casarão nestas férias!

Nós agradecemos ao Grupo Teatral Caixola de Baco pelo apoio em qualquer coisa que precisamos até aqui. A parceria é muito importante, pois somente somando forças poderemos construir algo novo e forte. A Cultura é muito importante para podermos continuar em frente... pois a luta prossegue!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Entrevista de Fábio Konder Comparato a revista "Caros Amigos

"Se há uma constante na história do Brasil, é o regime oligárquico"
Entrevista FÁBIO KONDER COMPARATO:

Professor da Faculdade de Direito da USP, o jurista Fábio Konder Comparato é conhecido por sua longa e firme militância na luta pelos direitos humanos e democráticos no Brasil. Tem contribuído com inúmeras entidades e movimentos sociais na formulação de propostas para a transformação do povo brasileiro no sujeito de sua própria soberania. Nesta entrevista exclusiva para Caros Amigos, ele analisa a questão
do poder no Brasil, as várias formas dissimuladas de se adiar a democracia, os instrumentos para aperfeiçoar a participação popular nos destinos do país e outros aspectos da maior relevância para a compreensão da nossa realidade. Os argumentos lúcidos e pedagógicos do professor Fábio Konder Comparato são imperdíveis.
Tatiana Merlino - Como o senhor avalia o período da redemocratização e a justiça de transição, ou a inexistência de justiça de transição que houve no Brasil?
Esse é apenas um pormenor da manutenção íntegra e até hoje inabalada da oligarquia. Se
há uma constante na História do Brasil, é o regime oligárquico. É sempre uma minoria de ricos e poderosos que comanda, mas com uma diferença grande em relação a outros países. Nós, qui, sempre nos apresentamos como não oligarcas. A nossa política é sempre de duas faces: uma face externa, civilizada, respeitadora dos direitos, e uma face interna, cruel, sem eira nem beira. A meu ver, isto é uma consequência do regime escravista que marcou profundamente a nossa mentalidade coletiva. O senhor de engenho, o senhor de escravos, por exemplo, quando vinha à cidade, estava sempre elegantemente trajado, era afável, sorridente e polido com todo mundo. Bastava, no entanto, voltar ao seu domicílio rural, para que ele logo revelasse a sua natureza grosseira e egoísta. Nós mantivemos essa duplicidade de caráter em toda a nossa vida política. Quando foi feita a Independência, estava em pleno vigor, no Ocidente, a ideologia liberal, e, devido ao nosso complexo colonial, nós não podíamos deixar de ser liberais. Então, iniciou-se o trabalho de elaboração da Constituição, logo em 1823. E os constituintes resolveram instituir no Brasil um regime liberal, com a instituição de freios contra o abuso de poder. Evidentemente, isso foi contado ao Imperador, que imediatamente mandou fechar a Assembléia Constituinte. Mas, qual foi a declaração dele? “Darei ao povo brasileiro uma Constituição duplicadamente mais liberal.” Eles não perceberam a aberrante contradição: uma Constituição outorgada pelo poder que era duplicadamente mais liberal do que aquela que estava sendo feita pelos representantes do povo. Bom, essa Constituição não continha a menor alusão à escravidão e dispunha: “São abolidas as penas cruéis, a tortura, o ferro quente.” Porque todo escravo tinha o corpo marcado por ferro em brasa. Essa marca era dada desde o porto de embarque na África. Pois bem, apesar dessa proibição da Constituição de 1824, durante todo o Império nós continuamos a marcar com ferro em brasa os escravos. A Constituição proibia os açoites, mas seis anos depois foi promulgado o Código Criminal do Império que estabeleceu a pena de açoites no máximo de 50 por dia. E é sabido que essa pena só se aplicava aos escravos e, geralmente, eles recebiam 200 açoites por dia. Houve vários casos de escravos que morreram em razão das chibatadas recebidas. E, aliás, a pena de açoite só foi eliminada no Brasil em 1886, ou seja, às vésperas da abolição da escravatura.

Em 1870, para continuar essa duplicidade típica da nossa política, como vocês sabem, foi lançado o Manifesto Republicano, aqui no estado de São Paulo. Esse manifesto usa da palavra democracia e expressões cognatas – como liberdades democráticas, princípios democráticos – nada menos do que 28 vezes. Não diz uma palavra sobre a escravidão. E, aliás, o partido republicano votou contra a lei do ventre livre no ano seguinte ao manifesto, em 1871, e votou até contra a Lei Áurea. Em 1878, votou a favor da abolição do voto dos analfabetos. A Proclamação da República, todo mundo sabe, foi um “lamentável mal entendido”, para usar a expressão famosa de Sérgio Buarque de Hollanda. E, efetivamente, o Marechal Deodoro não queria a abolição da monarquia, queria derrubar o ministério do Visconde de Ouro Preto. Mas aí, no embalo, os seus amigos positivistas o convenceram que era melhor derrubar a monarquia. Pois bem, até 1930, nós tivemos a República Velha, que, como dizia meu avô, foi substituída
Hamilton Octavio de Souza - São Paulo e Minas que comandavam as fraudes.
Sim, pois é. Foi feita a revolução para isso. Sete anos depois o regime desembocou num golpe de Estado, que suprimiu as eleições. A autoproclamada “Revolução” de 1964 foi feita em nome de quê? Leiam os documentos: a ordem democrática. Hoje, é preciso dizer que não é só no Brasil, as no mundo todo que a palavra democracia tem um sentido contraditório com o conceito original de democracia. O grande partido da direita na Suécia, que agora chegou ao parlamento sueco, pela primeira vez, um partido xenófobo e racista, chama-se Suécia Democrática. E, num certo país da América Latina, como todo mundo sabe, o partido mais à direita do espectro político chama-se como, mesmo?pela República Velhaca. E, por que foi feita a Revolução de 1930? Todo mundo sabe. As fraudes eleitorais.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Manifesto e Rolé




O MENF apoia esse potesto!


"No dia 18 de dezembro de 2010 acontecerá na praça do santíssimo salvador em Campos dos Goytacazes uma manifestação e rolé com o intuito de reivindicar uma pista de street skate, pois a maioria dos skatistas da cidade pratica ou se identifica com a modalidade “street skate”. Uma Pista de street skate é um local onde há obstáculos que simulam a arquitetura urbana, escada, corrimão, bancos, área livre com o chão liso etc.
E na maioria das praças da cidade sofremos repressão e não podemos praticar nosso esporte mesmo que seja apenas no chão. Praça é um patrimônio público se é público é para população, skatista ou não.

Venha você também com sua forma de protesto seja ela qual for, camisas, faixas, cartazes de papelão feito com tinta guache, cartazes de cartolina, stance nas lixas dos skates, e o que mais vir na cabeça, crie e proteste."

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dia 10 e 11 de Dezembro:

Na tarde de hoje, 02 de Dezembro de 2010, recebemos a rápida, mas rápida mesmo, visita do deputado Paulo Ramos, componente da Comissão de Trabalho da ALERJ.

A respeito da nossa breve reunião, o deputado assegurou que conversará com os reitores das universidades na qual fazemos parte (UFF, UENF e IFF) para fortalecer a proposta de reunião entre eles. E ainda pretende expor nossa situação para a comissão de educação.
O que será realmente feito não sabemos. Aguardamos então.

Para Ver e Absorver..

Para ver e absorver, refletir e re-pensar!