quarta-feira, 26 de janeiro de 2011


Completamos hoje 4 meses de resistência na ocupação realizada pelo MENF e apresentamos aqui algumas de nossas conquistas e caminhadas ao longo desses meses de tensão e experiências únicas.


Pré-Vestibular - O pré-vestibular comunitário, uma de nossas reivindicações, estará iniciando as aulas a partir do dia 15 de Março, na UFF- Universidade Federal Fluminense.

Bandejão- O projeto está previsto para o prédio novo, o que é ótimo mas não o suficiente para nos contentar. O prédio que será construído entre o Parque Leopoldina e a Avenida XV de Novembro, ainda é um projeto que está no papel, e que não sabemos quando sairá de lá. Logo, cabe a nós estudantes continuar as pressões políticas para efetivação do inicio das obras.

Espaço para os Centros Acadêmicos- O espaço para os C.A’s está garantido aos estudantes, nessa atual estrutura, ou seja, teremos espaço para organizar e defender ainda mais e melhor os assuntos acadêmicos. Além disso, o novo campus também prevê um andar especialmente para o Movimento Estudantil, que agrega os Centros Acadêmicos, e também futuramente, o Diretório Regional.


Alojamento estudantil

Em relação aos alojamentos, é preocupante que a UFF ainda não tenha nenhuma política prevista para construção de um espaço com esse fim, o que nos obriga a questionar o seu projeto de expansão que não contempla essa necessidade evidente das universidades do interior, como é o caso da UFF e da UENF. Porem, o que a pró - reitoria de assuntos acadêmicos da UFF assegurou, é que teremos bolsas de auxilio moradia para os alunos que se submeterem ao sócio econômico, e apresentarem dificuldades em se manter na cidade.

Centro Cultural

A UFF também prevê no projeto do novo campus da universidade, espaço para atividades culturais, porém, como já foi dito, não há previsão de quando isso estará realmente pronto. Enquanto não houver esse espaço, estamos utilizando o casarão como ponto germinativo de criação cultural e produção artística, o que nos orgulha profundamente.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Que Coisa

Não é de hoje que os movimentos sociais,os movimentos estudantis, e organizações políticas que representam as massas, são efetivamente combatidos por boa parte da mídia. Essa recriminação naturalizada durante anos, é um instrumento classista de coerção social que condiciona, aos menos preparados, o papel de espectadores sociais. Paralelo a isso vemos a imposição ideológica ditada por essa mesma elite de coronéis modernos que selecionam a noticia de acordo com seus interesses, subestimando a inteligência de nossa população.
Sobre a publicação do ultimo sábado na coluna do senhor Aluysio Barbosa (FOLHA DA MANHÃ) no qual suas criticas acusam a nós estudantes de sermos SEM TETO, nós dizemos que não! O MENF é representado hoje, por estudantes e artistas que possuem residência e família, todos, sem exceção. Porem, sofremos o peso das dificuldades de nos manter na cidade de Campos sem condições oferecidas pela universidade, que apesar de sofrer um processo de expansão, ainda não oferece meios de manutenção do estudante na instituição publica. Nós reivindicamos melhores condições de ensino, assistência estudantil, aliado ao protesto contra os imóveis abandonados na cidade de Campos.

O que acontece é que há uma inversão de valores! A critica que deveria ser referida aos casarões abandonados na área urbana da cidade, e que evidentemente estão em condições irregulares, sendo foco de violência, é direcionada a nós estudantes que temos dado funcionalidade cultural à casa .Nós denunciamos a situação desses imóveis negligenciados pela opinião publica ! Essa é a verdadeira denuncia que deve ser feita, pois mostra a raiz de muitos problemas da nossa cidade. Ao contrario de indagações minimalistas do tipo “grafite e pichações” que alias são coisas distintas, diga-se de passagem. Nós grafitaremos sim. A arte popular, como o grafite, continuara sendo uma de nossas bandeira culturais, queira os colunistas esquizofrênicos, ou não!

Nós, estudantes, não somos “sem teto”, marginais, inconseqüentes... Somos cidadãos de bem que arcam com suas responsabilidades, e que estão indignados com a condição degradante ao qual nossos direitos são alienados e transgredidos. E não nos calaremos, e nem nos rebaixaremos a meros espectadores sociais. E ao senhor Aluysio, aconselharemos, já que tem um veiculo importante de comunicação local em mãos, que se dedique a denunciar coisas realmente graves como o abandono criminoso de propriedades por toda a cidade, e não mais denunciar um movimento social que tem comprometimento com o bem público social, e com a permanente luta pela ampliação dos direitos dos estudantes.


Gostaríamos de mandar saudações aos jornalistas que valorizam a cultura teatral, a literatura, a música e ainda aos fatos importantes da cidade ligados a movimentos sociais, esses merecem nosso respeito.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Reportagem sobre o Livreto:


IDEAIS

Vivianne Chagas

Como diria Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Assim nasceu o Movimento Estudantil Norte Fluminense (Menf). Após a tomada de um casarão localizado ao lado da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos, o grupo de universitários resolveu se organizar e lutar pela instalação de um alojamento e centro cultural no local. Em busca destes propósitos eles iniciam hoje a venda de livretos de poesia em sinais de trânsito e residências da cidade. “São pequenos livros produzidos pela nossa Coordenação de Cultura. Os textos são nossos e as capas também. Uma ideia que nasceu quando vimos um exemplar de literatura de cordel aqui na casa. A partir daí pensamos em propagar nossa cultura, nossas ideias e pensamentos através dessa arte”, explica Vítor Santana, morador da casa formado em artes cênicas e plásticas.

Também autora de alguns textos e moradora da casa, a universitária Bruna Mac, completa dizendo que este trabalho é o ensaio para um livro. “Nós queremos lançar um livro com este material. Por enquanto temos, além da arte feita pela Carol Laberti, dois textos meus, do Vítor e do Splintter, mas a ideia é que todos do movimento participem”.
A primeira tiragem conta com 100 exemplares. A proposta é ir de casa em casa e sinais de trânsito da cidade veiculando a cultura produzida pelo Menf. “A gente não tem muito apoio, então nossa intenção é fazer volumes periódicos, que serão vendidos a preços simbólicos. São textos com estilos próprios, que podem ser considerados como poesia marginal”, afirma Diego Fraga, o Splintter.

Vitor lembra a primeira grande inspiração, que foi batizada de “Domesticados”. O texto virou peça de teatro, através dele e do grupo de teatro Caixola de Baco. “Domesticados foi nosso primeiro grande trabalho. Fizemos apresentações na Taberna Dom Tutti e no Sesc da cidade. Agora com os livretos queremos nos aproximar da população. Vejo esse trabalho como uma forma viva de cultura. Pois sai das nossas mãos e é vendida por elas. Com isso temos a resposta imediata do público”.

Bruna acredita que indo até as pessoas será mais fácil passar as ideias do Movimento. “Não queremos ser classificados como o ‘povo do casarão’. Temos um ideal e lutamos por ele. Nossos interesses são sociais, por isso estar perto da população é importante para sabermos o que ela precisa, quais são suas dificuldades e talvez encontrar um poeta que possa contribuir com nossa causa”.

Já Splintter ressalta a história do município. “Nestes trabalhos também falamos de Campos. Vamos fazer o campista saber de sua própria cultura, que é tão rica com Alberto Lamego, Nilo Peçanha, José do Patrocínio e tantos outros nomes”.










Fonte: fabianoseixas.blogspot.com

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Praça Alzira Vargas, um problema.

Como podemos aceitar uma praça desse porte sem cuidados? Sabemos das demandas da cidade quanto a espaços adequados para a pratica de esportes, cultura, arte alternativa, lazer para os adolescentes e jovens, e enquanto isso as autoridades nada fazem quanto o estado de abandono que se encontra o Alzira Vargas.
Não concordamos com isso. Deixamos claro o nosso posicionamento.
Por melhor utilização do espaço público!

Informes das ultimas semanas:

Estávamos devendo atualizações, então aqui estão elas!



Após o evento Arte Marginal, fizemos no dia 25 de Dezembro o “natal rock in roll” com amigos e apoiadores que participaram dessa noite tão especial, que contou com o lançamento do nosso livreto “Movimento das Palavras” , e ainda um sarau de poesia.

Iniciamos as vendas do Livreto nessa segunda feira. A primeira edição conta com poesias de Diego Fraga, Bruna Mac e Victor Santana, e toda a arte do livro mostra um universo artesanal e rústico desenvolvido por nós, e está sendo vendido nas ruas por um valor simbólico. Sua próxima edição já está sendo preparada. Em breve mais informações!