sábado, 8 de janeiro de 2011

Reportagem sobre o Livreto:


IDEAIS

Vivianne Chagas

Como diria Geraldo Vandré “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Assim nasceu o Movimento Estudantil Norte Fluminense (Menf). Após a tomada de um casarão localizado ao lado da Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos, o grupo de universitários resolveu se organizar e lutar pela instalação de um alojamento e centro cultural no local. Em busca destes propósitos eles iniciam hoje a venda de livretos de poesia em sinais de trânsito e residências da cidade. “São pequenos livros produzidos pela nossa Coordenação de Cultura. Os textos são nossos e as capas também. Uma ideia que nasceu quando vimos um exemplar de literatura de cordel aqui na casa. A partir daí pensamos em propagar nossa cultura, nossas ideias e pensamentos através dessa arte”, explica Vítor Santana, morador da casa formado em artes cênicas e plásticas.

Também autora de alguns textos e moradora da casa, a universitária Bruna Mac, completa dizendo que este trabalho é o ensaio para um livro. “Nós queremos lançar um livro com este material. Por enquanto temos, além da arte feita pela Carol Laberti, dois textos meus, do Vítor e do Splintter, mas a ideia é que todos do movimento participem”.
A primeira tiragem conta com 100 exemplares. A proposta é ir de casa em casa e sinais de trânsito da cidade veiculando a cultura produzida pelo Menf. “A gente não tem muito apoio, então nossa intenção é fazer volumes periódicos, que serão vendidos a preços simbólicos. São textos com estilos próprios, que podem ser considerados como poesia marginal”, afirma Diego Fraga, o Splintter.

Vitor lembra a primeira grande inspiração, que foi batizada de “Domesticados”. O texto virou peça de teatro, através dele e do grupo de teatro Caixola de Baco. “Domesticados foi nosso primeiro grande trabalho. Fizemos apresentações na Taberna Dom Tutti e no Sesc da cidade. Agora com os livretos queremos nos aproximar da população. Vejo esse trabalho como uma forma viva de cultura. Pois sai das nossas mãos e é vendida por elas. Com isso temos a resposta imediata do público”.

Bruna acredita que indo até as pessoas será mais fácil passar as ideias do Movimento. “Não queremos ser classificados como o ‘povo do casarão’. Temos um ideal e lutamos por ele. Nossos interesses são sociais, por isso estar perto da população é importante para sabermos o que ela precisa, quais são suas dificuldades e talvez encontrar um poeta que possa contribuir com nossa causa”.

Já Splintter ressalta a história do município. “Nestes trabalhos também falamos de Campos. Vamos fazer o campista saber de sua própria cultura, que é tão rica com Alberto Lamego, Nilo Peçanha, José do Patrocínio e tantos outros nomes”.










Fonte: fabianoseixas.blogspot.com

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